Silvino Bonfim de Oliveira Filho.

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Eu e minha família nos mudamos de Ilhéus BH para a cidade de Embu das Artes, bairro do Jardim Vazame, onde fomos umas das primeiras famílias. Aos 16 anos me tornei professor de artesanato, trabalhei 7 anos dando aula a crianças e adolescentes da região. Com 21 anos comecei meu curso de Educação Física na faculdade Osec, profissão que exerço até hoje. Fui presidente da associação de amigo de bairro do jardim vazame por 8 anos. Aconselhado por moradores do bairro, em 1996 sai candidato pela 1ª vez. E em 2000 tive 1.085 votos sendo eleito como o mais votado do PT (partido dos trabalhadores). Em 2004, fui reeleito com a marca de 1.805 votos, que acredito serem reconhecimento de trabalho. Em 8 anos de mandato participei de importantes decisões na administração municipal. Atuei como líder da bancada do PT e líder de Governo na câmara dos vereadores. Em 2007 com a Graça de Deus e reconhecimento do trabalho exercido, fui reeleito vereador de Embu das Artes. E com muita satisfação em 2008 fui eleito pelos meus colegas Presidente da Câmara de Embu, e reeleito este ano, um novo desafio que venho enfrentado. Hoje espero com meu trabalho estar contribuindo para a melhoria do meu pais.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Os Filhos da Paixão

Nascemos num campo de futebol.
Haverá melhor lugar para dar à luz uma estrela?
Aprendemos que os donos do país só nos ouviam
quando cessava o rumor da última máquina...
quando cantava o arame cortado da ultima cerca.
Carregamos no peito, cada um, batalhas incontáveis .
Somos a perigosa memória das lutas.
Projetamos a perigosa imagem do sonho.
Nada causa mais horror á ordem
do que os homens e mulheres que sonham.
Nós sonhamos. E organizamos o sonho
Nascemos negros, nordestinos, nisseis, índios,
mulheres, mulatas, meninas de todas as cores,
filhos, netos de italianos, alemães, árabes, judeus,
portugueses, espanhóis, poloneses, tantos...
Nascemos assim desiguais, como todos os sonhos humanos
Fomos batizados na pia, na água dos rios, nos terreiros.
Fomos, ao nascer, condenados a amar a diferença.
A amar os diferentes.
Viemos da margem.
Somos a anti – sinfonia
que estorna da estreita pauta da melodia.
Não cabemos dentro da moldura...
Somos dilacerados como todos os filhos da paixão.
Briguentos. Desaforados. Unidos. Livres:
como meninos de rua.(...)
Hoje, temos uma cara. Uma voz. Bandeiras
Temos sonhos organizados
Queremos um país onde não se matem crianças
que escaparam do frio, da fome, da cola do sapateiro.
Onde os filhos da margem tenham direito á terra,
ao trabalho, ao pão, ao canto, á dança,
às historias que povoam nossa imaginação,
às raízes da nossa alegria.
Aprendemos que a construção do Brasil
não será obra apenas de nossas mãos.
Nosso futuro resultará
da desencontrada multiplicação
dos sonhos que desatamos.

Pedro Tierra

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